domingo, 26 de agosto de 2012

Rumo ao Nível 4

Nível 1

Sempre é hora de mudarmos a história
Pois todo o tempo que vivemos é precioso
Manter só quem merece na nossa memoria
E evitar qualquer tempo ocioso

Nível 2

Sempre há algo que eu não entendo
Como é viver sem ter medo
Sentimento que eu não compreendo
E porque muita gente trata isso como brinquedo

Nível 3

Saudades começam a surgir
Pessoas se foram sem a gente notar
Almejar algo que estaria por vir
Reaprender para que serve o andar

Nível 4
Tudo o que foi jamais voltará
E o futuro somente a Ele pertence
Muitas histórias ainda vão perdurar

O próximo nível é o que mais me convence


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Rua 95 - Vida de Um Morador

Sou morador da Rua 95, que fica ali mais à frente
Moro na casa com as paredes amarelas
Quando a pintei, procurei fazer algo diferente
Enchi a casa com as flores mais belas

Não nasci na Rua 95 mas ela virou meu caminho
Tive amigos e amigas que viviam na casa das rosas
Estar com eles era bom, eu nunca ficava sozinho
Com eles, eu fiz muitas coisas gostosas

Na Rua 95, vi muita gente sumir
Em outros momentos, um súbito desaparecer
Apreensivo, sempre eu queria dela fugir
Vivi o medo que me fizeste crescer

Na Rua 95, te vi sair rumo ao final feliz
Te vi e me escondi para que você não me visse
Talvez por isso eu até tenha sido infeliz
Doeu muito até que você partisse

Com o tempo, me mudei e passei a viver por aqui
Aproveitei tudo o que a vida me deu, com afinco
Observo os últimos instantes ao vê-la agora surgir
Com sorriso e a abraço, em frente à minha casa da Rua 95...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

De novo, um perdão?

Queria me perdoar pela minha inflexibilidade
Quero pedir desculpas pelo que eu nunca te disse
Queria me desculpar por te dizer somente a verdade
Eu só queria que você não partisse...

Não errei por querer e nem sei se realmente errei
Se acertei não teve ninguém que afirmou
Se fui justo, amigo, presente, disso eu não sei
Ser acusado, ser réu, foi isso o que afinal me restou...

Respeitei todos os lugares onde estive presente
Fui educado, cortês, conforme pede a cartilha
Em que momento eu deixei outra intenção aparente?
Em que momento eu fui o sedento dessa matilha?

Coisas do mundo, o que eu posso fazer
Se você enxergou uma deturpada intenção?
Já cansei de reviver toda essa memória
Eu devia ter deixado essa mala naquela bendita estação

Passei a fase de ter alguma esperança
Já sangrei por toda essa incestuosa decepção
Fui homem adulto e não fui uma criança
Que não aprendeu o valor de um novo perdão...

Eu sei que Deus sabe o que eu pretendia
E Ele sabe que eu só tinha uma coisa em mente
Queria ser teu amigo, nada mais do que isso
Queria só ser teu amigo, nada mais do que isso...



sábado, 4 de agosto de 2012

Duplas Promessas

Decidi que não te prometo mais nada
Havia a necessidade de tomar essa decisão
Nossa vida estava visivelmente parada
Era melhor resolver essa situação


Decidi que não me prometo mais nada
Simplesmente por ter me saído frustado
Precisava retomar a minha caminhada
Não desejo mais ficar ao teu lado


Aconteceu o que eu jamais desejava
Acabei ficando em uma saia bem justa
Quase te disse o que eu realmente pensava
Talvez você o usasse de maneira injusta

Sigo a vida, estou bem mais feliz
Não desejo mais seguir essa vida regressa
Cada um, somos donos do nosso nariz
Futuro incerto justificam mais essa promessa...