Estou a escrever cada linha da minh'alma
Crente de que estou próximo de um cânone
Vislumbro o penhasco entre eu e eu mesmo
Em busca de um melhor lugar no mundo
Procuro, em cada instante, observar o que se passou
E vejo que pouco daquele eu se vingou
E há necessidade de seguir, agora que aquilo acabou
E não me tornar mais um dos seres dormentes
Cada ponto, cada vírgula escrita
Mostra a meu ser que sempre tentei viver de tudo
Lados ruins e nebulosos se entrelaçaram e passaram
E somente as coisas que eram boas e intensas ficaram
Existirão muitas páginas nesse livro a tecer
E ainda hei de compreender o que passou
No pouco tempo que sempre me sobrou
E que ainda fará que eu me entenda
Que não preciso viver conforme uma agenda
Com ações que me tornarão uma máquina
Por onde tecem palavras em folhas em branco
Somente estou aqui para tentar fazer minha memória
E não somente para colher os louros por mais essa vitória
Aproveitar a tinta e a pena de forma satisfatória
Em busca de conceituar melhor cada glória
A página que lhe escrevia já se acabou
E muito tempo de lá até aqui já passou
Uma outra folha agora na mesa sobrou
Para registrar um pouco mais de quem eu sou
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