Ensaio de Manifesto
NÚMERO 02
Lembrei que, há dez anos, ouvi daquela criança inocente
Que o mundo era um lugar bonito de se ver
Sonhos utópicos de um pinguinho de gente
Doce anjo com asas, ainda pequenas, a crescer
Ela olhou para meu rosto e sorriu
E perguntou se podia me fazer um pedido
Outro sorriso afirmativo surgiu
Seguido de um brilho nos olhos ainda retido
Próximo do ouvido, ela sussurou algo sobre um mundo melhor
E que desejava que todo mundo na vida fosse feliz e legal
Queria que não existissem mais monstros, fantasmas ou coisa pior
E jurou que cuidaria da pequena árvore do nosso quintal
Ela me perguntou se eu tinha alguma vontade
E me disse que os sonhos nos ajudam a viver
Se eu estivesse querendo ser feliz de verdade
Não tinha que deixar o que eu era desaparecer
Recebi um abraço fofo, singelo e muito bonito
Em seus pequenos ombros, eu começei a chorar
Ela disse que, se eu parasse, ganharia um pirulito
E que aquilo não era para continuar
Meu pequeno anjo, amor de toda uma vida
Passou e atingiu, com tua flecha, o meu coração
Foi duro ver-te sumir, em duradoura partida
Sobrou-me somente a tua lembrança na mão
Seguir no caminho, lutar, amar, aprender
Me divertir, fortalecer amizades com perserverança
Atitudes, palavras e agressões jamais me farão esquecer
O verdadeiro e singelo pedido daquela pequena criança...
Queria somente um pouquinho desses, mas que eles fosse realmente de verdade...
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