sábado, 8 de agosto de 2009

Na fina linha entre uma decepção, uma depressão e o fim

São 03h18 da manhã de um sábado. Como é de costume, o sono só irá me pegar lá pelas cinco. Não vou ligar a TV nem o rádio. Decidi que vou me concentrar nesse texto. Vamos lá:

Às 23h50 de ontem, ou seja, há pouco mais de quatro horas, estava subindo pela avenida próxima a minha casa e me deparo com um conhecido do outro lado da avenida. Ele estava acompanhado de outras pessoas e conversava alegremente com eles. Eu o reconheci de longe. Mas ele não me viu...

Uma hora e meia antes (22h20) estava numa estação de trem. Começou uma pequena discussão entre uma pessoa e um segurança, por causa de posturas inadequadas perante uma nova lei. A discussão ficou quente e uma pessoa interveio e tratou de “esfriar os ânimos”. O trem chegou e embarcamos no mesmo vagão.

Dali a 10 minutos (22h30), o trem chegou a uma estação e fomos avisados que um segurança iria vistoriar o trem para que pudéssemos seguir viagem. Antes, entrou uma senhora que vendia chicletes no trem e essa prática é arbitrária aos regimentos da companhia de trem.

Um segurança, armado, passou olhando pelas janelas, pessoa por pessoa que estavam dentro do vagão onde eu também estava. A cara de paisagem era absoluta de todos os passageiros, inclusive dessa senhora, agora sentada e fazendo a mesma feição de passagem. O segurança deu OK ao maquinista e o trem partiu rumo ao seu destino.
Se tivesse acontecido qualquer ato involuntário por parte de qualquer pessoa que fosse, se uma delas estivesse portando algum tipo de arma, se alguém se exaltasse, poderia acontecer algo que fugiria do correto, do que a lei manda.

Cheguei em casa, calado. No caminho Não ouvir música no meu MP3 ou prestei atenção no que quer que fosse: uma pessoa bonita, uma paisagem ou uma palavra e nem dormir no trem lento.

No próximo instante, eu posso não estar mais aqui...
...ou você
...ou uma outra pessoa.

Será que eu já te disse tudo o que eu penso sobre você? Será que você já sabe quem eu sou? Será que tudo o que eu quero de você beira o imoral, o anormal, o tabu, é contra os bons costumes, conforme os outros disseram ou é ser (ou tentar ser) seu amigo, ou pelo menos, seu colega? Será que a minha intenção seria ter segundas intenções?

Você sabe quem você é? Sabe o que quer ser, ou fazer, ou dizer? E...

Agora são 04h00 da manhã. Será que é muito tarde ou muito cedo?

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